Cada dia que passa somos mais confrontados com a dura realidade da produção em massa, mas foi este post que me fez abrir os olhos para o problema. Não terá chegado o momento de revermos os nossos comportamentos de consumo?
A austeridade económica obrigou-nos a refrear os gastos e a optar por produtos fast fashion, mas a verdade é que ao comprar estas marcas estamos a contribuir para a exploração dos trabalhadores, suportando o trabalho infantil e o aumento da precariedade das condições de trabalho...
Afinal a nossa intenção era apenas poupar dinheiro, mas inconscientemente estamos a compactuar com uma indústria altamente pressionada para produzir grandes quantidades, muito rápido e a low-cost.
E se anteriormente as notícias nos chegavam de países asiáticos como a China, Vietname ou Cambodja, hoje estas situações encontram-se mais próximas. Se puderem não deixem de ver a excelente reportagem da Patrícia Lucas para a Linha da Frente, onde em colaboração com a ASAE se denunciaram muitas situações e entre elas a existência de fábricas clandestinas no nosso país.
Assumo que uma mudança radical sem compras low cost seria complicada, mas deixo o compromisso de prestar maior atenção aos locais de fabrico, de optar por marcas alternativas e também de apostar no pequeno comércio, que se vai aguentando com dificuldade neste mercado tão competitivo.
No mundo globalizado em que vivemos é fundamental ter consciência do efeito dos nossos actos, não estamos sozinhos. Este é um valor muito importante, que tento transmitir ás minhas filhas diariamente!
Uma pessoa sozinha não faz grande diferença, mas muitas podem mudar mentalidades. Não concordam comigo ?